25/07/2009

Harry Potter e o Enigma do Príncipe: Sobre a Confiança e a Perda


Como restaurar um coração partido? Como entregar seu amor e dedicação? Como ver seu esforço desprezado pela indiferença alheia? Alguns dos questinamentos que perpassam as desventuras de Harry Potter e o Enigma do Príncipe - dirigido pelo mesmo David Yates do longa anterior. No desenvolvimento bem arquitetado de seus personagens, o longa se mostra sólido e coeso, aperfeiçoando o tratamento dado ao relacionamento entre Hermione e Rony, Dumbledore e Severo, Tom Ridlle e Slughorn.

Estes relacionamentos nascem e crescem baseando-se em confiança, da mesma maneira que nós mesmo iniciamos os nossos. Entregamos nossa sinceridade e desejamos esse amor de volta, multiplicado. Mas, quando ocorre a decepção, como confiar de novo? Como levantar a cabeça e perdoar, deixar-se vulnerável novamente para que outras frustrações surjam e você perceba que, sim, ele é um ser humano, e, sim, é imperfeito como qualquer outro?

Hermione precisou aprender um pouco mais sobre a indiferença de Rony, mas, no fundo, percebe que ele a ama. Só não se deu conta deste sentimento ainda. Dumbledore sofreu a máxima consequência dessa entrega e decepção, deixando para trás um rastro de remorso em Severo. E Tom Riddle e Slughorn? O primeiro ainda ameaça a todos na figura do famigerado Voldemort, mas o segundo pôde confiar uma segunda vez em um aluno prodígio como seu antagonista: Harry Potter.

Perdoar é abrir-se para um novo horizonte mesmo estando no mesmo lugar. É deixar que as decepções surjam para criar novos aprendizados e gerar atitudes mais corretas e um relacionamento mais forte.

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