25/07/2009

O ensinar e o aprender em Harry Potter e a Ordem da Fênix


Quem é capaz de ensinar? E quem se propõe a estar no lugar de aprendiz? Em Harry Potter e a Ordem da Fênix, estes papéis se invertem ao mostrar Harry ocupando, sim, o lugar de seus professores na trajetória educacional de seus amigos. Do mesmo modo que o longa atesta, a educação para a vida surge de uma prática constante, relacionada com uma teoria não-castradora que eleve o ser humano para os objetivos que deseja alcançar.

Parece fácil quando se escreve, mas essa educação informal ocorre o tempo todo, basta percebê-la e estar aberto para a (re)criação. Como repensar anos e anos de formalidades e burocracias quando se percebe em poucos instantes de projeção que aprendizado não se limita às quatro paredes de uma sala de aula, mas está nas ruas, nas palavras, nos olhares, nas pessoas. Da mesma maneira que um certo roedor chamado Ratatouille nos confronta - "Qualquer um pode cozinhar" -, esse longa nos mostra que qualquer pode ensinar. Nem todos podem tê-lo como dom ou vocação, mas todos desejam esse desejo de ser responsável pelo aprendizado de outra pessoa.

Talvez seja um dos modos com que pais, professores, avós sentem que cumpriram seu papel nesse mundo: quando transmitiram aquilo que viveram para outro ser humano e ver que esse trabalho frutificou. Pode parecer tolo ou fútil, mas os momentos em que Harry Potter ensinou seus amigos foram essenciais para sua auto-confiança, para que pudesse se sentir, enfim, responsável. Mais do que aprender, muitas vezes, o ensinar nos fortalece e nos guia para nossa verdadeira vocação.

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