13/07/2009

Razão X Emoção. Quem vê o caminho do meio? O Equilibrista.


Toda a vida, somos guiados por duas retas - podemos chamá-las RAZÃO e EMOÇÃO - que na maior parte do tempo, podem ser paralelas ou confluir para um mesmo ponto, mas também se dissociar por estradas totalmente díspares. Mas o que fazer quando o desejo toma o sono, fazendo da nossa existência mero motivo para o cumprimento dessa ânsia?

Phillipe Petit, protagonista do documentário O Equilibrista, parece deixar que sua impulsividade o (des) controle. Mas não. O que o artista possui não é um desejo louco e impulsivo, mas uma meta pela qual ele batalhou arduamente, com racionalidade e (perdão pelo trocadilho) equilíbrio: atravessar as Torres Gêmeas por um fio. Com a ajuda de seus companheiros, ele possuía esse sonho desde quando soube da idéia de se construir as torres. Passou por outros monumentos - a Notre Dame, entre eles -, mas não se dava por satisfeito. Morando nos EUA, convocou seus amigos para o ajudarem na empreitada, trabalhando clandestinamente para montar os equipamentos.

Depois de anos de trabalho, finalmente o cumpriu. Atravessou as torres. Algo que as pessoas estranham, pois não há razão para fazê-lo. Não se passa nenhuma mensagem mais direta com essa intervenção. A não ser a nossa união pela vida de alguém. Talvez não exista algo que nos una mais que esse importar-se com a vida alheia. Ver Phillipe enfrentando perigos para cumprir seu objetivo emociona as pessoas, pois todos nós temos objetivos sonhos a realizar. E nos felicitamos quando alguém se supera, pois isso nos inspira a seguir em frente.

Por trás da aparente loucura do equilibrista, há tanto sentimento quanto racionalidade, mas ainda assim, seu objetivo se cumpriu: emocionar seus espectadores, fazer com que se importassem com sua vida e, de certa forma, com suas próprias.

Um comentário: