23/02/2010

O Lobisomem: Sessão fraca, mas já esperada


Ao entrar na sessão para assistir o longa de Joe Johnston, já imaginava o que veria pela frente: membros estirpados, roteiro prevísivel e esburacado e e sutileza zero na mão de um diretor conhecido por seus filmes superlativos - vide Rocketeer, Jumanji e Jurassic Park III. Tendo em mãos essa "necessidade" de realizar uma nova versão de um personagem clássico do cinema, o diretor se equilibra entre fazer cinema à moda antiga e trazer às novas gerações o surgimento de uma nova franquia.

O diretor, no entanto, realiza um longa que se restringe ao rótulo de "versão 2.0" do lobisomem, ignorando possibilidades de realizar uma verdadeira transformação temática ou estética do que costumamos associar às personagens. Benico Del Toro, Anthony Hopkins, Emily Blunt e Hugo Weaving esforçam-se para tornar mais atrativa a sessão, mas não conseguem realizar o milagre de transformar água em vinho, por conta de um roteiro que prefere reunir todos os clichês possíveis e imagináveis sem superá-los, fornecendo "reviravoltas" mais do que previsíveis e um final "aberto" que propõe a realização da sequência.

O Lobisomem pode render muito, mas está distante de tornar memorável o personagem que tantos outros longas inspirou anteriormente.

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