Com o passar dos anos, nós, como
público, acostumamo-nos a conhecer duas faces de Spielberg: aquele que conduz a
arte e diversão no cinema para frente com filmes adultos e aquele que faz
filmes planejados para ganhar o Oscar. Foi o primeiro Spielberg que fez
Minority Report, Jurassic Park, Munique e O Resgate do Soldado Ryan, mas foi o
segundo que fez Amistad e este Cavalo de Guerra (War Horse, 2011).
O enredo é básico: família em
dificuldade financeira precisa comprar um cavalo para arado, mas o pai
afeiçoa-se a um cavalo jovial e rebelde que
não serve para esse tipo de serviço. Endivida-se, mas seu filho, Albert,
adota cavalo como seu, dando-lhe o nome
de Joey e o ensina a arar até que o pai, para pagar uma dívida com seu senhorio,
precisa vender o cavalo para o exército diante da explosão da Primeira Guerra
Mundial. Joey, então, passará por vários donos: soldados ingleses, soldados
alemães e até uma menininha órfã, até que consiga encontrar novamente seu dono.
Atenção:
a partir deste trecho, existem revelações sobre o enredo.
Sem trazer nada de novo no quesito roteiro,
Spielberg aproveita para investir na direção de arte, na fotografia, na trilha
sonora e conseguem dinamizar uma história que poderia ser bastante maçante, não
somente pelo tema ultrapassado, mas também pelo caráter episódico do enredo.
Ainda por cima, ele consegue emocionar em alguns momentos, como na cena em que
o cavalo fica preso em arame farpado e, dessa forma, promove até uma trégua
entre os inimigos de guerra e o final, em que Joey e Albert chegam de volta à
fazendo em um pôr do sol que relembra os clássicos de Hollywood em Technicolor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário